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A terapia CAR-T

A terapia com células CAR-T no Brasil está se desenvolvendo através de diversas iniciativas importantes em instituições de ponta. O Instituto Butantan, em colaboração com a Faculdade de Medicina de São Paulo e o Hemocentro de Ribeirão Preto, iniciou testes com a terapia CAR-T para tratar o linfoma não-Hodgkin de células B. Este estudo visa pacientes que sofreram recidiva após tratamentos convencionais e representa um esforço para tornar a terapia disponível no Sistema Único de Saúde (SUS)​​.

O Hospital Israelita Albert Einstein também está na vanguarda da pesquisa e aplicação desta terapia no país. Está conduzindo o estudo CARTITUDE-5, focado em pacientes com mieloma múltiplo, além de um estudo acadêmico próprio voltado para a leucemia linfocítica aguda e linfomas B agressivos de grandes células que já passaram por mais de duas linhas de tratamento. Este último é destacado como o primeiro estudo acadêmico aprovado pela Anvisa no Brasil, desenvolvido pelo próprio hospital com a plataforma Prodigy​​.

O A.C. Camargo Cancer Center é outra instituição que contribui significativamente para o avanço da terapia com células CAR-T no Brasil. Com a aprovação pela Anvisa de um dos medicamentos dessa terapia, o A.C. Camargo oferece novas esperanças para pacientes com certos tipos de câncer, representando um avanço significativo na medicina personalizada e no tratamento do câncer através da reprogramação das células de defesa do corpo​​.

Essas iniciativas indicam um movimento crescente em direção à disponibilização da terapia com células CAR-T no Brasil, marcando um período de inovação e esperança para pacientes com câncer onco-hematológicos. Elas não apenas prometem melhorar a qualidade de vida e as taxas de sobrevida para condições anteriormente consideradas de difícil tratamento, mas também destacam o compromisso do país com a pesquisa e aplicação de terapias avançadas no combate ao câncer.

A terapia com células CAR-T, apesar de ser uma abordagem promissora no tratamento de alguns tipos de câncer, pode trazer consigo uma série de efeitos colaterais que variam em gravidade. Entre os mais comuns estão a Síndrome de Liberação de Citocinas (SLC) e problemas no sistema nervoso. A SLC é desencadeada pela ativação intensa do sistema imunológico após a infusão das células CAR-T, podendo resultar em febre alta, hipotensão, e em casos graves, falência de órgãos. Os problemas no sistema nervoso podem incluir confusão, convulsões e dificuldade para falar ou caminhar, embora a maioria desses sintomas possa ser gerenciada e tenda a se resolver sem danos a longo prazo​​.

Outros efeitos adversos incluem citopenias graves, como anemia, neutropenia, e trombocitopenia, refletindo uma redução no número de células sanguíneas. Alguns pacientes podem apresentar um risco aumentado de infecções devido à supressão do sistema imunológico, especialmente nas primeiras semanas após o tratamento. Complicações vasculares, como trombose, também foram observadas em alguns pacientes. Ainda que a incidência de neoplasias secundárias seja considerada baixa, existe uma possibilidade de ocorrência após a terapia​​.

É importante notar que, devido à sua complexidade e potenciais riscos, a terapia CAR-T deve ser administrada em centros especializados, com uma equipe experiente e capaz de monitorar e gerenciar esses efeitos colaterais. Além disso, os pacientes necessitam de acompanhamento próximo por várias semanas após receberem as células CAR-T, para garantir a detecção e tratamento precoce de quaisquer complicações​​.

O custo do tratamento com células CAR-T no Brasil pode ser bastante elevado. A infusão do produto do CAR-T comercial tem uma previsão de custo em torno de R$2 milhões, sem incluir despesas adicionais como internação, medicamentos, entre outros. Existem, no entanto, formas de CAR-T acadêmico que não têm custo para o paciente, dependendo de financiamentos para pesquisa. É importante ressaltar que a disponibilidade e o custo podem variar dependendo do centro de tratamento e da especificidade da terapia para o paciente​​.

Para mais informações sobre a terapia CAR-T e sua aplicação no Brasil, incluindo estudos em andamento e possibilidades de tratamento gratuito ou compassivo por meio de instituições acadêmicas ou financiamento de pesquisa, é recomendável entrar em contato diretamente com hospitais e centros de pesquisa que oferecem essa terapia. Hospitais como o Instituto Butantan, em parceria com a Faculdade de Medicina de São Paulo e o Hemocentro de Ribeirão Preto, assim como o Hospital Israelita Albert Einstein, estão envolvidos em pesquisas e aplicação da terapia CAR-T no país​​​​.

Dr. Idelfonso Carvalho é um renomado profissional cuja carreira multidisciplinar reflete um profundo compromisso com a saúde e o bem-estar humano. Com uma impressionante formação em Medicina pela Universidade Federal do Piauí (2002) e em Direito pela Universidade Regional do Cariri (2018), Dr. Carvalho construiu um percurso profissional notável, destacando-se em diversas especialidades médicas e contribuindo significativamente para a área da saúde em várias capacidades.

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